sexta-feira, 19 de abril de 2013

TransLitorânea é flagrada rodando com ônibus sem vistoria e até suspenso pela SMTR.



Sem vans, a Zona Sul recebeu um aumento de 750 ônibus. Diante da pressão de atender a demanda da população, as viações colocaram muitos veículos “piratões” nas ruas. Ônibus que não podiam estar circulando. Nos últimos dois dias, o EXTRA constatou várias irregularidades: veículos com licenciamento de 2011, alguns sem pagamento de seguro DPVAT; ônibus suspensos no cadastro da Secretaria municipal de Transportes e que deveriam estar recolhidos; e alguns carros com tacógrafos sem aferição. Uma festa.

Dos 20 ônibus fiscalizados pelo EXTRA, pelo menos seis não podiam estar nas ruas, por estarem suspensos ou com o licenciamento vencido. Fora outros problemas que não proíbem a circulação, mas são sérios, tais como a exigência do tacógrafo aferido e o pagamento do seguro DPVAT.

Há ainda os campeões de multas que foram para as ruas da Zona Sul. Além de estar com o licenciamento vencido desde 2011, de não ter quitado o IPVA dos últimos três anos e contar com pendências no cadastro da Secretaria municipal de Transportes (o ônibus não tem seguro DPVAT pago), um carro da linha 308 (Central- Barra da Tijuca) rodava pelas ruas da Zona Sul carregando um indigesto peso: desde 6 de janeiro de 2012 acumula 115 multas. No site do Bradesco, 68 são registradas como vencidas. A placa é a KOO 8936. Fora o tacógrafo, jamais aferido. Só no mês de abril, foram sete multas — três por excesso de velocidade.

Um outro ônibus — placa é a LQB 6893 — também está com vistoria atrasada desde 2011 foi flagrado circulando na Zona Sul com 114 multas recebidas desde março de 2012. No cadastro da Secretaria de Transportes, a situação cadastral dele consta como “suspenso”.

— Quando suspende um carro, é porque a fiscalização encontrou alguma coisa. Consta a suspensão no cadastro até a regularização — diz o secretário municipal de Transportes, Carlos Osório.

O secretário municipal de Transportes, Carlos Osório, prometeu intensificar, nesta quinta-feira, a fiscalização contra ônibus que não podem circular. Ele também anunciou outras medidas para tornar o sistema de transportes na Zona Sul mais organizado:

— Na Rocinha e na Zona Sul, a grande maioria da população não tinha bilhete único. São pessoas que usavam muito o serviço das vans. Depois que houver a licitação deste tipo de transporte (no Vidigal e na Rocinha), o bilhete único poderá ser usado também nas vans. Mas já determinamos à Rio Ônibus que coloque pontos de atendimento para o bilhete único na Rocinha e no Vidigal — disse Osório.

Ele diz que, se o ônibus for pirata, não vai poder circular. Segundo Osório, a situação na região foi regularizada. A tendência é que a secretaria volte a permitir que as empresas usem entre 80% e 100% da frota nas linhas que só rodam na Zona Sul.

A Rio ônibus informou que a entidade defende a legalidade e o cumprimento das determinações legais e, “a rigor, ela não opera ônibus, mas apoia uma série de iniciativas voltadas para a melhoria da mobilidade e das condições de operação”.

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