quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ônibus da Andorinha, D59299, roda com rachadura no teto.


  A circulação de ônibus depreciados passou a preocupar ainda mais os passageiros após o acidente que deixou sete mortos no dia 2 de abril, quando um ônibus caiu de um viaduto sobre a Avenida Brasil, no acesso à Ilha do Governador.

Além dos problemas apresentados nos veículos da Paranapuan, que está na mira do Ministério Público, O DIA constatou problemas que afetam outras empresas. Não é preciso muito tempo para verificar que grande parte das frotas da Empresa Algarve, Expresso Pégaso, Viação Andorinha e da Rio Rotas, por exemplo, também apresentam cenário arriscado.


Os carros com numeração entre 292 e 299, que fazem a linha 790 (Cascadura/Campo Grande) estão circulando sem o documento obrigatório de vistoria, que deveria estar dentro de um compartimento plástico ao lado do motorista. “Estamos circulando há mais de um ano sem o documento”, admitiu um motorista, que está apreensivo.  

Outras linhas, como a 926 (Senador Camará/Penha), estão com bancos rasgados, pneus carecas, instalações elétricas danificadas e expostas, eixos de molas quebrados, vidros, tetos e paredes rachadas, além de problemas mecânicos decorrentes da falta de óleo hidráulico e outros itens essenciais à manutenção dos carros, segundo os próprios condutores.

A Viação Andorinha, que administra a Rio Rotas, comunicou que não havia nenhum responsável disponível para prestar esclarecimentos.

“Da mesma maneira que eles não irão falar com vocês, não falam conosco também. Disse que o teto estava rachado e que, nos dias de chuva, eu preciso dirigir abrindo um guarda-chuva, mas eles riram e não fizeram nada”, denúncia um dos motoristas.

Para a aposentada Maria Aparecida, 62 anos, no começo o problema era visto com ironia, até quando o ônibus que a transportava para a Barra bateu.

“A gente ria, até que o veículo bateu num poste enquanto o motorista tentava limpar os olhos da água que escorria do teto em seu rosto”, disse ela.



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