quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Empresas de ônibus do Rio dizem que podem fechar.

Fonte: http://oglobo.globo.com/

A Fetranspor e o Rio Ônibus, unidades sindicais que representam as empresas de ônibus do estado do Rio e da capital, divulgaram uma nota nesta quarta-feira criticando a indefinição da concessão do reajuste da tarifa dos ônibus municipais. Durante um almoço com jornalistas nesta terça-feira, o prefeito Eduardo Paes disse que caberá ao sucessor Marcelo Crivella decidir se as passagens de ônibus da cidade serão ou não reajustadas no dia 1º de janeiro.

Em nota, a Fetranspor e o Rio Ônibus destacaram que o setor de ônibus está em crise e que seis empresas de ônibus fecharam nos últimos 18 meses (Bangu, Algarve, Via Rio, Andorinha, Rio Rotas e Translitorânea), causando a demissão de 3 mil rodoviários, que em sua esmagadora maioria foram realocados em outras empresas, e a retirada de circulação de 900 ônibus, que parcialmente foram substituídos por ônibus mais novos em outras empresas que assumiram as linhas. 

De acordo com as duas entidades, o ano de 2017 começará com a possibilidade de fechamento de mais 12 empresas e com a demissão de aproximadamente 5 mil rodoviários.

"Mesmo o BRT, motivo de orgulho durante os Jogos Olímpicos, que opera com mais de R$ 7 milhões de prejuízo/mês, poderá ter sua continuidade ameaçada", afirma a nota.

O contrato de concessão prevê um aumento anual nas tarifas. Normalmente, o reajuste é concedido no fim de dezembro com base na fórmula que leva em conta os custos do setor estabelecidos no contrato de concessão firmado pelos quatro consórcios que operam no Rio.

"O não reajuste de tarifa, previsto em contrato, representaria, além de quebra de acordo, o desequilíbrio econômico-financeiro das empresas e a possibilidade de ter descontinuidade de várias linhas e falta de ônibus em várias regiões da cidade. Os consórcios certamente não terão condições de suprir tantas empresas paralisadas e nem de readmitir os rodoviários que ficarem desempregados", completa a nota.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Eletra confirmou que o primeiro ônibus elétrico movido por energia solar fotovoltaica do Brasil começará a circular em SC.

Fonte: http://www.latinamerica.uitp.org/

A fabricante de tecnologia para veículos elétricos, Eletra, com sede em São Bernardo do Campo, no ABC Paullista,  confirmou nesta segunda-feira ,12 dezembro de 2016, que o primeiro ônibus elétrico assistido por energia solar fotovoltaica do Brasil começará a circular em Santa Catarina ainda neste mês.

O Diário do Transporte antecipou em primeira mão o desenvolvimento dos estudos. O ônibus foi apresentado em setembro no 12º Salão Latino-Americano de veículos elétricos, realizado em setembro na cidade de São Paulo.

O novo modelo inicialmente fará o transporte de alunos, professores e técnicos da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, entre o campus da Trindade e o laboratório, no Norte da Ilha, no Sapiens Parque, bairro Canasvieiras.

Os testes fazem parte dos trabalhos do Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC. O projeto é coordenado pelo professor Ricardo Rüther, da mesma universidade ,e foi financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, ao custo de cerca de R$ 1 milhão.

Na verdade, o ônibus é elétrico com bateria, no entanto, uma estação dentro do campus da universidade vai captar energia solar e transformar em energia elétrica para alimentar as baterias do ônibus.

Em nota, a Eletra traz alguns detalhes das características técnicas do veículo:

O ônibus, Marcopolo Torino Low Entry, com plataforma Mercedes-Benz O500U Elétrico, possui sistema de tração elétrica com tecnologia da Eletra, responsável também  pelo projeto de integração, com 200 kW de potência. Com comprimento total de 12.710mm, tem capacidade para 37 passageiros sentados, rampa de acesso para portadores de necessidades especiais, poltronas estofadas, sistema de ar-condicionado, wi-fi e pontos USB.

 O projeto Ônibus Elétrico Assistido por Energia Solar Fotovoltaica da UFSC conta também com a parceria das empresas Marcopolo, Mercedes-Benz e WEG. Envolve o conceito de “deslocamento produtivo”, aliado a um veículo de propulsão 100% elétrica e para o qual a geração de energia é realizada por intermédio de módulos solares fotovoltaicos integrados.

 O sistema de tração desenvolvido pela Eletra tem motor elétrico WEG Trifásico 250 L com 200/400 kW de potência com autonomia de até 200 quilômetros, com quatro recargas de seis minutos. O projeto de integração e tecnologia da Eletra possui baterias de tração tipo Ions de Lítio (Energia de 128kW/h com oito “Packs” e tempo de recarga de 2,5h com carregador lento e 0,5h com carregador rápido).

Um trabalho acadêmico da UFSC mostra que um ônibus elétrico puro pode evitar a emissão de 46,8 toneladas de gás carbônico por ano, é o equivalente ao que 5800 árvores resgatariam de gás do ambiente no mesmo período.

Estudo da universidade catarinense mostra que um ônibus com consumo médio de 670 litros de diesel por mês emite cerca de 3,9 toneladas de CO2. Em um ano, a emissão chega a 46,8 toneladas de CO2.

Segundo o  Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC, os benefícios ao meio ambiente que o ônibus 100% elétrico pode gerar equivalem ao que 5.800 árvores resgatam de gás carbônico no meio ambiente. Estudo do Instituto Totum e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, demonstra que cada árvore da Mata Atlântica absorve 163,14 kg de gás carbônico (CO2) nos primeiros 20 anos de vida, o que seria uma média de 8,1 kg de CO2 por ano.

domingo, 4 de dezembro de 2016

TJRJ concede liminar para manter validade do Bilhete Único Intermunicipal.

Fonte parcial: http://extra.globo.com/

O Governo do Estado conseguiu uma liminar, por meio da Procuradoria Geral do Estado, para manter válido desconto do Bilhete Único Intermunicipal. A Exmº Juíza Dra. Andréia Florêncio Berto, do Plantão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, determinou que Fetransport, Riocard, Metro Rio, Supervia e Barcas S/A continuem aceitando o Bilhete Único Intermunicipal dos usuários de transporte, sob pena de multa de R$ 500 mil por dia de descumprimento da decisão judicial.

As concessionárias tinham anunciado que suspenderiam o benefício a partir da zero hora desta segunda-feira. O governo afirma que A interrupção do Bilhete Único não pode ser feita de maneira abrupta e unilateral

Os contratos administrativos só podem ser rescindidos se o atraso superar 90 dias. Não é razoável que o atraso de apenas uma semana no pagamento do subsídio possa gerar a interrupção de um programa que foi integral e pontualmente cumprido ao longo dos últimos seis anos — afirmou o Procurador-Geral do Estado, Leonardo Espindola,

Para Espíndola, a decisão da Justiça significa o restabelecimento do respeito às regras contratuais do Estado com as concessionárias.

Na ação da PGE, os Procuradores do Estado alegam que a suspensão do uso do Bilhete Único “além do relevante e praticamente irrecuperável prejuízo financeiro dos cidadãos, acarretaria graves danos à ordem pública” e que “a repentina recusa do Bilhete Único pelos delegatários dos serviços de transporte público de passageiros simplesmente vai impor, no curso da crise financeira estadual sem precedentes, danos ainda maiores à população que será surpreendida pela perda imediata do benefício”.

Processo No 0414403-42.2016.8.19.0001
Decisão: "Considerando a nova sistemática processual civil vigente em que se permite o aditamento da inicial após a formulação de pedido de antecipação de tutela em casos de urgência, nos termos do art. 303, § 1º do NCPC, há necessidade de deferimento do requerido. É público e notório que o Estado do Rio de Janeiro vem passando por uma grave crise, a qual vem afetando diversos setores. Entre eles, o dos transportes. Conquanto seja lícito ao concessionário do serviço público a suspensão do serviço na ausência de contraprestação, a interrupção do mesmo, na forma pretendida, acarretará não só aos milhares de contribuintes e usuários dos serviços públicos sérios prejuízos, mas também causará enorme impacto na mobilidade urbana, sem a possibilidade de utilização do serviço público mediante a apresentação do bilhete único. Diante de uma cognição sumária acerca dos fatos e da prova documental acostada, na qual há notícia de que a partir das 00:00h do dia 05.12.16 as empresas deixarão de transportar os passageiros no sistema referente ao benefício do bilhete único intermunicipal, e a fim de evitar maiores prejuízos a toda a população, DEFIRO A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, nos moldes requeridos e DETERMINO que os réus se abstenham de recusar e de realizar qualquer alteração no sistema referente ao bilhete único intermunicipal, sob pena de multa de R$ 500.000,00 por dia de descumprimento. Intimem-se.".

Tráfico impõe pedágio em terminal na Central do Brasil, e empresas alteram ponto final.

Fonte: http://extra.globo.com/

Pelo menos sete linhas de quatro empresas de ônibus intermunicipais do Rio transferiram, esta semana, os pontos finais do Terminal Américo Fontenelle, na Central do Brasil, no Centro, para a Rua do Acre. Segundo rodoviários, o motivo da mudança seria uma recusa das empresas em pagar um pedágio de cerca de R$ 5 mil mensais imposto por traficantes do Morro da Providência. 

Como represália, os bandidos estariam destruindo os ônibus de quem não aceita a condição. Pelo menos sete veículos teriam sido depredados na semana passada. O Detro confirmou as denúncias de vandalismo, e informou ter solicitado reforço policial no local para garantir a operação das linhas.

— Soube que (os bandidos) quebraram vários ônibus. Em um deles, não restou nenhum vidro inteiro. Ouvi dizer que estão cobrando das empresas para parar os carros no terminal e as que não pagarem terão veículos depredados, ou ameaçam levar o motorista para cima do morro. Tenho medo. A gente fica indefeso. Lá não tem nenhuma segurança, disse um motorista de ônibus da Mageli.

O Américo Fontenelle, que fica a poucos metros da sede da Secretaria de Segurança e do Comando Militar do Leste (CML), abriga 54 linhas de ônibus de 17 empresas. 

— As empresas que não estão mais aqui saíram por livre e espontânea pressão — ironizou um despachante, no terminal, apontando para as paradas vazias, apenas com as placas indicando as linhas.

As empresas não confirmam a cobrança. O Sindicato dos Motoristas, porém, diz ter conhecimento dos rumores sobre a extorsão, ainda que não tenha recebido denúncia formal.

— A questão é de segurança pública. A gente não sabe para onde vai. Até em períodos de normalidade o local é área de risco — afirmou Sebastião José da Silva, vice-presidente do Sintraturb.

Procurada, a PM informou que o comando do 5º BPM (Praça da Harmonia), responsável pela área, não foi informado sobre práticas de extorsão no Américo Fontenelle. O terminal fica ao lado da Providência, onde há uma UPP.

Na mesma resposta, a PM afirmou que o setor de inteligência do batalhão vai atuar para checar a denúncia. Ainda segundo a corporação, “é realizado diariamente o patrulhamento da região, além de operações sistemáticas com o objetivo de reprimir ações criminosas”. Já a Polícia Civil, também acionada, não respondeu ao contato do EXTRA.

Os pontos foram transferidos para a Rua Acre

Tijuquinha assuma linhas do Metrô na Superfície.

Fonte: https://onibusrio.wordpress.com

Depois de 11 anos, a Transportes Vila Isabel e a Transportes São Silvestre deixarão de operar as linhas Metrô na Superfície, serviço do Metrô Rio que liga a Gávea as estações de General Osório em Ipanema e Botafogo.  As empresas operam desde 2006, quando entraram no lugar da Breda Rio e serão substituídas pela Auto Viação Tijuca. Além disso, o serviço ganhará nova pintura.

As atuais empresas utilizavam os mesmos carros na operação das linhas, sendo a maioria do modelo Viale da Marcopolo, fabricados em 2006, além de dois, um em cada empresas, fabricados em 2008, com acesso a PND, e também dois Mondego H da Caio, de 2010, igualmente um em cada empresa.

Linha de Ipanema pode sofrer modificações: Além da mudança de empresa, a linha Gávea – General Osório pode sofrer modificações. Inicialmente a linha seria extinta, mesmo com a estação da Gávea não estando pronta, porém após pressão dos usuários, a linha deverá somente ser encurtada para a praça Antero de Quental, no Leblon, já que entre essa estação e General Osório, tem a linha 4. A previsão é de começar assim que a linha 4 passar a funcionar com horários iguais as da linha 1 e 2.

Tijuca é conhecida pelos péssimos serviços em algumas linhas: A nova operadora, a Tijuca opera linhas como 226, 220, 301, 302 e 345, sendo que nessas três últimas, tem um alto índice de reclamação, pois são as únicas ligações da Tijuca com a Barra pelo Alto, local que é monopolizado pela mesma, além disso, a empresa retirou veículos das linhas 220 e 608.

Procurada sobre quando começaria a nova operação, o Metrô Rio não tinha respondido até o fechamento desse texto.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Bilhete Único Intermunicipal será suspenso a partir de 05/12/2016.

Fonte: http://extra.globo.com/

O Bilhete Único Intermunicipal do Rio será suspenso a partir da próxima segunda-feira. O anúncio foi feito na noite desta sexta-feira pela Fetranspor, em nota conjunta com a CCR Barcas, Metrô Rio e SuperVia.

No comunicado, as concessionárias afirmam que, depois de sucessivos adiamentos no pagamento integral dos repasses do subsídio pelo Governo do Estado, decidiram que a partir da 0h de segunda-feira os usuários não terão mais acesso ao desconto tarifário em barcas, metrô, ônibus, trens e vans.

“A suspensão está prevista na Lei estadual nº 5.628/2009, cujo artigo 21 determina que, na hipótese de o Estado não depositar o valor do subsídio, ficam os concessionários e permissionários do serviço desobrigados a efetuar a tarifa integrada para os passageiros que utilizam o Bilhete Único Intermunicipal”, afirmaram as empresas, na nota.

Em nota, a Secretaria estadual de Transportes infirmou que, desde 2010, tem honrado seu compromisso com as empresas. A sequência de arrestos e o agravamento da crise financeira atrasaram o pagamento. O governo ainda diz que está tomando as medidas cabíveis para restabelecer o serviço.

As companhias afirmam, ainda, que atenderam todos a todas as solicitações do Governo do Estado para a extensão dos prazos de validade dos benefícios, no aguardo de uma solução, que, porém, acabou não acontecendo. "Sem o repasse regular dos subsídios, torna-se inviável a manutenção do BUI", destacam as empresas.

Segundo pessoas envolvidas na negociação, o montante devido, hoje, gira em torno de R$ 9 milhões, e disseram ainda que a Fetranspor recebe, mensalmente, cerca de R$ 47 milhões do governo do estado para que o subsídio seja mantido. Em novembro, porém, o repasse foi de R$ 38 milhões, em pagamentos feitos semanalmente às empresas.

O benefício do Bilhete Único Intermunicipal funciona da seguinte forma: os usuários pagam R$ 7,50 pelas passagens, com direito a dois embarques. O que estiver além desse valor é subsidiado pelo governo. Caso o benefício seja suspenso, o passageiro (ou sua empresa) terá que pagar a complementação.


Exemplo de ônibus intermunicipal que será afetado pelo corte do bilhete único intermunicipal. Foto meramente ilustrativa!

Ônibus do Rio já têm leitor facial para reconhecer rosto do titular do RioCard

Fonte: http://extra.globo.com/
As câmeras de reconhecimento facial, nova arma para combater as fraudes no Bilhete Único intermunicipal e nas gratuidades, já estão presentes em 3 mil ônibus que circulam na capital e nos municípios de Niterói, São Gonçalo, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Elas começaram a ser instaladas em julho e a previsão é de que, até o fim de março, toda a frota do estado, composta de 22.500 veículos, já tenha o equipamento, que fica acima dos validadores. O mesmo sistema será implantado em 2017, ainda sem data, nas catracas de BRT, barcas, metrô e trens.
O protótipo deste último equipamento foi apresentado, ontem, no 17º Etransport, congresso sobre transporte promovido pela Fetranspor, que termina hoje no Riocentro. De acordo com dados do RioCard, os primeiros testes nos ônibus mostraram que, do total de 2 milhões de gratuidades diárias, 30% são fraudadas, gerando prejuízo de R$ 128 milhões mensais. Em geral, o que ocorre que é outras pessoas utilizam o benefício no lugar do dono do cartão, muitas vezes um familiar.
Com o novo mecanismo, a prática é evitada. A câmera fotografa e armazena a imagem do passageiro, assim que ele aproxima o cartão do validador. Quando o veículo chega à garagem, as informações são enviadas para um servidor do RioCard, que faz a comparação com as fotos de seu banco de dados e, futuramente, do Detran, para saber se o portador é o titular do benefício.
Caso o uso irregular seja constatado, num primeiro momento, o dono do cartão terá cinco dias para ir a uma loja do RioCard prestar esclarecimentos. Se houver reincidência, o benefício será suspenso por dois meses. Na terceira vez, a suspensão será por dois anos. Se for comprovado que o objetivo da fraude era obter lucro, além de perder o benefício, o titular ainda pode responder criminalmente.
— O principal objetivo desse mecanismo é que, além de reduzir o prejuízo com a fraude, gere receita, pois as pessoas que precisam do transporte vão continuar usando o serviço, mas pagando por ele — aponta Carlos Silveira, diretor executivo da RioCard.

Avanço na refrigeração de ônibus do Rio foi de só 4,7% em relação à meta.

Fonte parcial: http://extra.globo.com/

A prefeitura da cidade do Rio de Janeiro tinha que cumprir a promessa de climatizar 100% dos ônibus da frota municipal, até o fim de 2016, nos termos do compromisso firmado em acordo judicial com o Ministério Público no começo de 2014, mas a pouco mais de um mês para o fim do ano, a climatização segue em marcha lenta.

Com 39,4% da frota refrigerada, o Rio avançou só 4,7% de janeiro até agora. Isso porque, em 2016, o compromisso era climatizar 3.990 ônibus, mas foram só 868, até setembro. E, desses, 680 cobriram um déficit de 2015. Ou seja, o avanço real esse ano foi de apenas 188 coletivos.

Certo de que a meta não seria atingida, o juiz Leonardo Grandmasson, da 8ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça, manteve no fim de outubro a multa de R$ 20 mil, definida em julho, para o município, por cada veículo não refrigerado. Ele só espera a virada do ano para calcular o valor total da punição e intimar o município.

Dados obtidos pelo “Globo” por meio da Lei de Acesso à Informação mostraram que, em julho, dos 7.847 ônibus das linhas regulares, apenas 3.090 eram refrigerados.

Desde o fim de 2015, quando baixou o Decreto 41.190, a Prefeitura do Rio não fala mais em ônibus e sim, em viagens climatizadas, que deveriam atingir 70% até dezembro de 2016. A Secretaria municipal de Transporte (SMTR) garante que está perto de atingir o percentual. Em outubro, informa o órgão, “65% das viagens” já eram feitas em veículos refrigerados. O juiz Leonardo Grandmasson discorda da mudança de critério.

— Se o próprio município, num acordo judicial, entendeu voluntariamente, numa tentativa de oferecer um serviço melhor para a população (pela refrigeração de toda frota), tem de cumprir. Imagina se amanhã você é demandado numa ação judicial e fecha o acordo para pagar um montante e, na hora do vencimento, quer pagar outro valor. Isso não existe — exemplifica o juiz.

Poucas empresas tem realmente evoluído nesse quesito, como por exemplo a Rodoviária Matias e a Viação Novacap, a primeira está com a frota totalmente climatizada já a segunda tem pouquíssimos veículos sem ar condicionado.

Algumas outras empresas também vem climatizando a sua frota, em um ritmo um pouco mais lento, quando comparado com a frota total da empresa, como a Viação Pavunense, Viação Ideal, a Empresa Braso Lisboa, a Transportes Barra e a Viação Vila Real.

Ainda há empresas que têm pouquíssimos, ou até nenhum, veículos com ar condicionado como a Transportes Paranapuan, a Viação Rubanil (poucos com ar, mas sempre desligados), a Viação VG, a Transportes Campo Grande, a Viação Nossa Senhora de Lourdes, Viação Penha Rio, Transportes América e Viação Madureira Candelária (essas três últimas não têm nenhum veículo com ar condicionado).

Exemplo de qualidade e respeito aos usuários, Viação Novacap, uma das empresas que mais tem investido em ônibus novos e climatizados.

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Exemplo do absurdo e do desrespeito ao compromisso firmado, veículo sem ar condicionado recentemente comprado pela Transportes Paranapuan.