sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Ônibus do Rio já têm leitor facial para reconhecer rosto do titular do RioCard

Fonte: http://extra.globo.com/
As câmeras de reconhecimento facial, nova arma para combater as fraudes no Bilhete Único intermunicipal e nas gratuidades, já estão presentes em 3 mil ônibus que circulam na capital e nos municípios de Niterói, São Gonçalo, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Elas começaram a ser instaladas em julho e a previsão é de que, até o fim de março, toda a frota do estado, composta de 22.500 veículos, já tenha o equipamento, que fica acima dos validadores. O mesmo sistema será implantado em 2017, ainda sem data, nas catracas de BRT, barcas, metrô e trens.
O protótipo deste último equipamento foi apresentado, ontem, no 17º Etransport, congresso sobre transporte promovido pela Fetranspor, que termina hoje no Riocentro. De acordo com dados do RioCard, os primeiros testes nos ônibus mostraram que, do total de 2 milhões de gratuidades diárias, 30% são fraudadas, gerando prejuízo de R$ 128 milhões mensais. Em geral, o que ocorre que é outras pessoas utilizam o benefício no lugar do dono do cartão, muitas vezes um familiar.
Com o novo mecanismo, a prática é evitada. A câmera fotografa e armazena a imagem do passageiro, assim que ele aproxima o cartão do validador. Quando o veículo chega à garagem, as informações são enviadas para um servidor do RioCard, que faz a comparação com as fotos de seu banco de dados e, futuramente, do Detran, para saber se o portador é o titular do benefício.
Caso o uso irregular seja constatado, num primeiro momento, o dono do cartão terá cinco dias para ir a uma loja do RioCard prestar esclarecimentos. Se houver reincidência, o benefício será suspenso por dois meses. Na terceira vez, a suspensão será por dois anos. Se for comprovado que o objetivo da fraude era obter lucro, além de perder o benefício, o titular ainda pode responder criminalmente.
— O principal objetivo desse mecanismo é que, além de reduzir o prejuízo com a fraude, gere receita, pois as pessoas que precisam do transporte vão continuar usando o serviço, mas pagando por ele — aponta Carlos Silveira, diretor executivo da RioCard.

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