sábado, 1 de junho de 2013

Rio ganhará mais seis BRS ainda em 2013.

Primeiramente devo informar aos leitores menos familiarizados que BRS são corredores de serviço rápido para ônibus comum, ou de piso baixo, portanto, não são para ônibus articulados, esses se chamam BRT, é importante ficar clara essa diferenciação.


O Rio ganhará até o fim do ano mais seis BRS, os corredores preferenciais para ônibus que começaram a fazer parte do cenário da cidade há pouco mais de dois anos. A Secretaria municipal de Transportes planejou a expansão do sistema até 2016, e ainda este ano criará três eixos: no Centro e nas zonas Sul e Norte. O primeiro será o BRS Carioca-Saens Peña, passando pelo Estácio e integrado ao metrô. O passo seguinte será a implantação do trecho Maracanã-Méier, que no futuro será interligado ao BRS da Presidente Vargas. Por último, o BRS Humaitá-Praia de Botafogo, que promete ordenar o tumultuado trânsito nas ruas Voluntários da Pátria e São Clemente. Ainda estão nos planos da secretaria desafios como a implantação do sistema na Rua Jardim Botânico, fechando o eixo na Zona Sul, e em estreitas ruas de bairros da Zona Oeste, onde o BRT (corredores exclusivos para ônibus articulados) não chega. A criação dos novos BRS será publicada segunda-feira no Diário Oficial.


Com 7 quilômetros de extensão, o BRS Carioca-Saens Peña começa a ser implantado já no mês que vem, com as obras de acerto de calçadas e implantação da fiscalização eletrônica, além do recapeamento, em parceria com a Secretaria municipal de Conservação e Serviços. O corredor deve ficar pronto em agosto, criando um eixo de ligação entre a Grande Tijuca e o Centro. O segundo corredor a ser implantado, com 7,5 quilômetros de extensão, ligará o Maracanã ao Méier, pela Rua Vinte Quatro de Maio e pela Avenida Marechal Rondon. Mas, segundo o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, a ligação com o corredor da Presidente Vargas só será feita em 2014:

— Não vamos implantar agora porque precisamos aguardar o fim das obras no entorno do Maracanã e na Praça da Bandeira, mas estará implantado no primeiro trimestre do ano que vem, antes da Copa.

Já o corredor Humaitá-Praia de Botafogo, com 4,2 quilômetros de extensão, será implantado nos meses de novembro e dezembro. Os corredores nas ruas Voluntários da Pátria e na São Clemente poderão, segundo o secretário, reduzir significativamente o tempo de deslocamento entre os bairros vizinhos. Além disso, explicou Osório, não há dificuldades técnicas para a implantação das faixas exclusivas, porque nas vias já há baias nos pontos de ônibus. O grande desafio, de acordo com o secretário, será a Rua Jardim Botânico:

— Ainda temos muitos estudos a fazer. O desejo é implantar, mas é desafiador porque a Jardim Botânico tem quatro pistas, duas em cada sentido, e a alternativa seria manter a reversível o dia inteiro. Ficariam três faixas no sentido Gávea e uma no sentido Botafogo. É a única maneira. Já fizemos várias contagens, e faremos muitas outras, mas o fluxo em direção a Gávea é muito maior, em todos os horários. É bastante ousado, por isso estamos analisando com cuidado, estudando vias que possam absorver esse contrafluxo. Sendo viável, o corredor seria criado até o ano que vem.

Também estão previstos novos corredores no Leblon e em Copacabana, além da chegada do BRT Transbrasil à Zona Sul, por meio de um BRS no Aterro do Flamengo. O corredor expresso para ônibus articulados ao longo da Avenida Brasil, desde Deodoro, irá até a Avenida Presidente Vargas, passando pela Francisco Bicalho. O plano, incluído pela prefeitura no pacote de investimentos para os Jogos Olímpicos de 2016, entrará em operação até 2015.

— Estamos estudando oportunidades no Leblon, na Bartolomeu Mitre, e em Copacabana, na Siqueira Campos e na Figueiredo de Magalhães, para completar os eixos na Zona Sul. No Aterro, o BRS será implantado quando o BRT estiver indo até o Santos Dumont. Será a alimentação do aeroporto com a Zona Sul, encaixando na Nossa Senhora de Copacabana e na Barata Ribeiro — informou Osório.

A secretaria estuda, ainda, a possibilidade de implantar corredores na Zona Oeste, em vias de Bangu, Realengo, Campo Grande e Santa Cruz. Osório observou, no entanto, que o problema na região são as ruas estreitas, e o BRS requer vias com, no mínimo, três faixas de circulação.


Além disso, a secretaria vai testar, a partir de outubro, nas estações do BRS da Nossa Senhora de Copacabana, monitores que informarão o tempo previsto para a chegada do próximo ônibus, nos moldes do BRT. Os dados serão fornecidos pelo GPS dos coletivos. Os técnicos da secretaria também estão desenvolvendo um aplicativo para celular informando os horários. Osório ressaltou que os corredores já implantados reduziram, em média, em 25% o tempo de viagem, segundo medições feitas pela CET-Rio em abril.

— Atingimos a nossa meta. Copacabana, por exemplo, teve uma mudança muito grande de ordenamento e funcionamento do trânsito. Melhorou para o transporte público, mas também para quem usa o automóvel. A grande diferença do BRS foi o ordenamento dos ônibus.

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