quinta-feira, 21 de abril de 2016

Viação Itapemirim entra em recuperação judicial.

Fonte: http://g1.globo.com/

No dia 18 de março a Justiça do Espírito Santo aceitou o pedido de recuperação judicial da empresa capixaba Itapemirim. A viação terá 60 dias para apresentar um plano de recuperação. Caso não apresente, o juiz pode decretar a falência da empresa.

O processo foi protocolado dia 7 de março, na 13º Vara Cível Especializada Empresarial de Vitória, e envolve as empresas Viação Itapemirim, Transportadora Itapemirim, ITA - Itapemirim Transportes, Imobiliária Bianca, Cola Comercial e Distribuidora e Flecha Turismo Comércio e Indústria.

Segundo a decisão, a empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial. Depois de apresentar, os credores terão 180 dias para se manifestarem e aprovarem o plano. Caso a viação não apresente o plano no prazo estipulado ou não receba a aprovação dos credores, o juiz pode decretar a falência do empreendimento.

Através da assessoria de imprensa, a empresa disse pretende cumprir a decisão judicial, mas não vai se manifestar por enquanto.

Segundo a empresa, a decisão de pedir a recuperação judicial foi tomada diante do agravamento da "conjuntura financeira e econômica pela qual passa o país e considerada a melhor decisão em razão do quadro atual". A empresa foi fundada em 1953, em Cachoeiro de Itapemirim, pelo empresário Camilo Cola.

Em junho de 2015 a empresa já enfrentava problemas financeiros e vendeu cerca de 40% de sua frota de veículos e transferiu mais da metade das linhas em operação para a também cachoeirense Viação Kaissara.

No total, foram repassadas à Viação Kaissara 68 das 118 linhas que eram operadas pela empresa. Depois dessa operação, a Itapemirim permaneceu operando 50 trechos, o que corresponde a 43% da fatia de mercado em que atuava antes da venda.

Naquela época, o diretor de Operações da Itapemirim, Marcos Poltronieri, chegou a negar que a empresa estivesse em processo de falência, mas admitiu que o volume de passageiros caiu nos últimos anos.

Segundo ele, enquanto sobem os custos com pneus, combustível, pedágio e manutenção, e se expandem as políticas de gratuidades, o valor da passagem não é reajustado na mesma velocidade.

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