A falta de civilidade de grande parte da população faz com que todos os comerciantes e prestadores de serviço, dos mais diferentes ramos de atividade, busquem as mais variáveis soluções para reduzir o prejuízo, e essa conta sempre sobrecarrega a outra parte da população, a que arca com suas obrigações e respeita as Leis.
Fonte: http://g1.globo.com
A cada 100 pessoas que usam o BRT na Região Metropolitana do Recife, 12 não pagam passagem, ou seja, cerca de 12% dos passageiros burla o sistema e pula a catraca para viajar de graça. Os dados são do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE). Para tentar impedir a entrada irregular, o órgão instalou catracas mais altas, com mais de 1,5 m de altura, em uma das 44 estações do BRT.
Contudo, a novidade é alvo de reclamações desde que foi implementada. Os passageiros dizem que ficou bastante difícil de passar na catraca. “É muito imprensado. Imprensado demais. É muito complicado para passar”, conta a empregada doméstica Maria José Silva.
Para passar com sacolas, os passageiros precisam colocá-las por cima da cabeça. “Aperta o estômago. Eu já sou meio gordinha, imagina uma mais gordinha ainda? Aí é que vai incomodar mesmo. Imagina uma gestante passando aqui também”, comenta a auxiliar de serviços gerais Alexsandra Galdino.
Além de estreita e pesada, ela seria alta demais. O porteiro José Dias Filho reclama de dores nos joelhos quando passa na catraca. “Ficou muito alta. Eu tenho problema no joelho, nos dois joelhos. É ruim para mim”, aponta.
Segundo a Urbana-PE, a medida não visa apenas o prejuízo para as empresas. O órgão irá lançar, ainda, uma campanha educativa. “A pessoa quando não faz o pagamento da tarifa está repassando o custo para os demais passageiros. Isso não é justo. Nós estamos atentos ao fato, acompanhando o possível impacto dessas alterações na operação”, pontuou o consultor de marketing do órgão, Bernardo Braga.
Enquanto as análises são feitas, a população segue com as críticas a novidade. Eles reclamam que a maioria está sofrendo por conta de algumas pessoas que cismam em burlar o sistema. “Não adianta porque quando eles querem, quando tem jogo, eles passam de qualquer jeito, pulam. E a gente que sai prejudicada”, destaca a empregada doméstica Julia Silveiro.
De acordo com o delegado, burlar a catraca é uma forma de estelionato. A punição para esse tipo de crime é de 15 dias a dois meses de detenção.
“O estelionato ocorre quando a pessoa obtém uma vantagem indevida, ilícita, levando outra pessoa a erro. Ou seja, enganando outra pessoa. No caso do sujeito que pula a catraca, ele obtém a vantagem indevida, que é não pagar pelo transporte, e ela o sistema ao erro a entender que ele pagou quando, na verdade, ele pulou a catraca”, explica.
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