Fonte: http://g1.globo.com/
A greve dos funcionários das viações Andorinha e Rio Rotas chegou ao segundo dia nesta quarta-feira (04/03), pois os profissionais exigem o pagamento de salários atrasos, férias e outros benefícios como décimo terceiro.
O presidente do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus do Rio, José Carlos, disse que desde o dia 16 de janeiro o Tribunal Regional do Trabalho está intermediando uma negociação entre as empresas e os empregados. Eles deram um prazo de 45 dias para que as empresas tomassem alguma providência, e como a data estabelecida venceu nesta terça-feira, os funcionários optaram pela justa paralisação.
Além do atraso no pagamento de salários e benefícios, os funcionários também protestam contra as precárias condições de trabalho e denunciam o reaproveitamento de peças e até pneus velhos e desgastados em ônibus em circulação.
O motorista Gilson Pereira dirige para a Viação Andorinha desde 2007. Ele afirma que ordens de serviço para reparo são rasgadas e os veículos chegam a sair da garagem sem peças novas.
"Se os passageiros soubessem, nem entrariam nos ônibus. As condições são precárias. Não existe peça de reposição. A manutenção tem que ficar na sucata para colocar peça velha. Muitas vezes, a nota [ordem de serviço para reparo do coletivo] é rasgada porque não tem peça e o carro sai assim mesmo", revelou.
A reportagem da Rádio Globo teve acesso a imagens do local chamado de "muro da sucata". É um espaço onde dezenas de ônibus, com média de cinco anos de uso, são desmontados aos poucos para que outros veículos sejam consertados. A maioria deles está apoiada em cavaletes, pois até os pneus são reutilizados em outros coletivos da empresa. Por falta de peças de reposição, os veículos já fora de uso e desmontados ficam, então, em um local que parece um "cemitério de ônibus".
"O carro encosta com algum defeito. Sem peça, o ônibus fica parado e vão tirando uma peça para repor outro várias vezes. Com isso, o carro já está no esqueleto, sem condições de trabalho", explicou o motorista Gilson.
Cerca de 160 coletivos estão parados sem condição de uso nas garagens das empresas. Enquanto isso, 75 ônibus estão disponíveis para atender as 27 linhas operadas pelas duas viações, o que dá uma média de 3 ônibus em operação para cada linha.
As duas companhias, que na verdade pertencem aos mesmos donos e são administradas conjuntamente, afirmaram que estão negociando com os funcionários o fim da paralisação. Elas disseram ainda que aguardam na Justiça o desbloqueio de receitas que estão retidas judicialmente, e que esses recursos seriam usados para pagar salário e férias atrasadas.
A situação em que esse grupo econômico chegou é calamitosa, o que incluí também as empresas Algarve e Via Rio, sendo uma verdadeira omissão da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro não intervir nas mesmas e redistribuir as linhas que estas operam com frotas escassas e mal conservadas, como demonstram as fotos abaixo.
Um comentário:
o engraçado que o consórcio Santa cruz aqui no jardim bangu,só deu prioridade a linha 819,sendo um linha de trajeto mais curto e a linha 684 simplesmente não tem carro,quem precisa ir pra marechal,madureira ou cascadura,tem que fazer baldeação,e quem só recebe 2 passagens do patrão ??como fica ??pelo menos uma linha até casacdura seria essencial para os moradores daqui do jardim bangu e catiri.
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